Autor: Markus Zusak
Ano: 2007
Editora: Intrínseca
Páginas: 480
ISBN: 978-85-98078-17-5
Sinopse: A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.
Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público.
Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público.
Confesso que não sei como escrever essa resenha, se sigo um caminho mais técnico ou um mais emocional. Porque das duas maneiras o livro me tocou, principalmente na última. Mas vou tentar fazer meu melhor.
O livro conta história da pequena Liesel Meminger, que é levada para morar com os seus pais adotivos, Hubermann, por ter uma mãe comunista em pleno período da Alemanha Nazista. Lá ela faz vários amigos, entre ele Rudy Steiner, pai e a mãe Hans e Rosa Hubermann, o judeu Max Vandenburg, mas principalmente os livros que ela começa a furtar, sendo primeiro o Manual do Coveiro, adquirido antes de chegar a Rua Himmel, quando seu irmão é enterrado. Numa época onde as palavras têm o poder de transformar os pensamentos e guiar uma nação, Liesel faz delas o seu maior tesouro.
Eu chorei, eu ri e tive raiva, sofri e apreciei cada parte do livro. Posso até demorado, mas entre os longos períodos eu não tirava essa história da minha mente. O fato é que, mesmo com a nossa narradora anfitriã e carismática, A Morte, eu achei o começo um pouco monótono e cansativo. Não por causa da escrita, mas é que quem lê esse livro tinha que ter em mente que não é uma história de movimento, e sim uma trajetória da vida de Liesel, que em muitos pontos, não é tão empolgante. E eu gosto de movimento. Mesmo assim, a partir do momento em que eu cheguei à metade, a curiosidade venceu e me envolveu de modo que eu queria saber o que ia acontecer com os personagens. A narradora nos leva a perceber que a história não caminha para um desfecho completamente feliz, principalmente quando ela nos revela lapsos do final, quebrando o mistério e aguçando a nossa curiosidade.
Os personagens são os pontos mais importantes do livro, que apesar de ser narrado pela morte através do diário de Liesel, são bem explorados e jamais esquecidos por ela. Vemos as suas histórias caminharem juntas e individualmente para o final. Liesel é tão esperta e decidida para a sua pouco idade, que é impossível não se ligar a ela. Rudy ao contrário é impulsivo e teimoso (ora, mas os dois são) ao passo em que é afetuoso, atencioso e ingênuo. Hans é o pai de Liesel e também seu cúmplice, visto que ele acoberta suas "traquinagens" da mãe Rossa Hubermann, que por baixo da ignorância rudeza, é uma mulher forte que carrega um grande coração. Mas quem eu realmente amo, e assim como a Liesel, morria de vontade de cuidar e proteger é Max. Não conseguia me imaginar perdendo esse personagem para a narradora.
E o que foi o final? Eu passei mais de horas madrugada a dentro chorando e pensando nele. Muito triste, sofri como se eu fosse a própria Liesel. E ainda fiquei com um dúvida, que deve ter atingido a muito sobre o último capítulo do epílogo, sobre um certo casamento. Mas não darei spoilers.
Enfim, se você ainda não leu, não perca tempo. Esse é sim um dos maiores clássicos da atualidade e merece ser lido em algum momento da vida.
escrito por Camila Nyx
Ler essa resenha me deixou um tanto deprimida.
ResponderExcluirEu me apaixonei pelo autor com esse livro e acabei de ler um outro que olha...
Nunca dei uma avaliação tão baixa para um livro!
To meio sem chão agora... honestamente.
Beijos, Paula
http://www.interacaoliteraria.com/
Só em olhar as sinopses dos outros livros do Markus, já dá pra ter uma noção que nada se compara a esse livro. Ele consegue ser muito perfeito e tocante.
ExcluirEu tbm demorei pra ler esse livro, mais que vc, demorei anos pra pegar de novo. E acho que foi uma escolha sábia ler mais tarde, acredito que a leitura estava esperando o tempo correto, pois ele me tocou muito, chorei horrores como uma criança hahah
ResponderExcluirLivro que recomendo pra todos <3
beijos
Bia - www.livredujour.wordpress.com
Pois é Bia, eu também vejo que todo o tempo que eu demorei pra ler esse livro foi fundamental pra perceber o valor dele. Acho que de certa forma não é pra ser uma leitura corrida, mas sentida em cada página. Enquanto eu lia, pensava, por mais que demore eu nunca vou abandoná-lo de vez. E não me arrependi. mesmo! =)
ExcluirOi Camila, ótima resenha!
ResponderExcluirÉ impossível não se emocionar com esse livro, a história é muito comovente.
Estou ansiosa para ver o filme e ver se ele é tão bom quanto o livro.
Beijos!
Monomaníacas por Livros