domingo, 8 de dezembro de 2013

A Esperança – Trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins [Resenha]



Autor: Suzanne Collins
Série: Jogos Vorazes
Editora: Rocco Jovens Leitores
Páginas: 424
ISBN: 978-85-7980-086-3

Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra?


Hoje eu trago para vocês a resenha de A Esperança, livro que encerra a trilogia distopica mais badalada dos últimos tempos escrita pela americana Suzanne Collins.

Esta resenha contém spoilers dos livros anteriores (Jogos Vorazes e Em Chamas)

Neste livro Katniss passa por um mal bocado. Depois de descobrir que o seu querido distrito 12 foi bombardeado e reduzido ao pó, ela tem que lidar com a pressão de ser o tordo, símbolo da revolta, que o distrito 13 – até então tido como extinto, mas que voltou para derrotar a Capital – precisa apresentar para os rebeldes. Abalada física e psicologicamente depois de passar por duas edições dos Jogos Vorazes e com a preocupação por Peeta, que está sob o domínio da Capital sendo torturado, ela acaba ficando mais confusa e arredia... Afinal, será que ela deve confiar na Presidente do Distrito 13, Coin? E até mesmo Gale parece não ser a melhor em quem ela pode depositar a sua confiança, já que ele está cada vez mais envolvido na guerra e na elaboração de estratégia para vencê-la.

Depois do final surpreendente de Em Chamas, era de se esperar que este fosse acompanhar o mesmo fogo do seu antecessor, ate mesmo por causa da revolução e do desaparecimento de Peeta, mas infelizmente eu me decepcionei um pouco. Não me julguem pelo que vou dizer, mas me pareceu que o livro foi escrito às pressas, prejudicando o aperfeiçoamento de alguns detalhes e o prazer da leitura. Não sei se é porque essa foi a primeira distopia que eu finalizo, mas eu achei certas coisas um pouco confusas e outras pouco explicadas. Principalmente sobre a situação final de Panem.

Entre os personagens, tenho que dizer que se nos outros livros eu já não simpatizava muito com Gale, nesse livro eu basicamente o odiei do começo ao fim. Eu preferia que ele tivesse morrido, para ver se ele tinha algum sentido, além de ser o grande amor da vida melhor amigo da Katniss e um garoto rebelde e até mesmo cruel. Nisso, eu continuei torcendo muito por Peeta, que me deixou morrendo de pena. Achei que a autora foi bem cruel com ele deixando-o louco em boa parte do livro, mas não discuto as suas razões por ter feito isso. Quanto a Katniss, minhas opiniões pouco mudaram sobre ela, a não ser o fato de que ela ficou mais intragável em alguns aspectos. Mas de certa forma é compreensível tanta chatice, afinal, ela esta transtornada e sob muita pressão. Ainda assim, achei que isso descaracterizou muito a figura de garota de personalidade forte e corajosa. Ela me pareceu muito submissa aos jogos Presidente Coin, embora ainda tivesse aquela teimosia que se registrou como a sua marca pessoal. 

Uma coisa boa do livro, é que de certa forma ela desenvolveu a revolução, em sua maioria, de maneira adequada. Mostrando o quanto guerras são desumanas e muitas vezes sem razão. O que não gostei aqui, foi que no final, quando eu pensei que a Katniss teria algum papel efetivo e ativo na tomada da Capital, isso foi roubado do leitor. Sinto muito pelo que vou dizer, mas o que aconteceu ali foi uma merda porcaria. E a solução dos conflitos dela com o 13 também poderiam ter sido mais bem elaborados e tratados no livro. Faltou aprofundamento no final. Afinal, como ficou Panem após a Revolução? Quanto ao desfecho do romance da história, bem teve acertos, porém mais uma vez os erros se sobressaíram. Eu tive a impressão de que ela resolveu o problema do triângulo de uma forma contraditória às atitudes da própria Katniss (me pareceu que ela escolheu aquele que ficou com ela, mas não necessariamente quem ela queria), mesmo que tenha sido o final que eu tanto torci. O lado bom foi que ela pelo menos ela não parou a história no “Eu te amo” e “Vamos viver felizes para sempre”. Ela foi um pouco além, mesmo que tenha sido pelas beiradas, ela relatou o que veio depois.

O que eu posso acrescentar para não me estender mais nesse texto, é que em comparação com os outros livros, A Esperança é o mais diferente, e também o menos trabalhado. Para o que foi visto nos outros dois, eu esperava bem mais deste e saí decepcionada. Mesmo assim eu aconselho que leiam por dois motivos, existem reflexões que ele aborda nas entrelinhas e que faz o leitor pensar depois de um tempo, e isopor si só já é suficiente. O outro motivo é que não vai ser total perda de tempo saber o desfecho para pelo menos gostar ou desgostar.

2 comentários:

  1. Li sua resenha muito por cima para não me influenciar. Esse livro fica ali, me olhando todo dia, porque depois que terminei Em chamas, vi o filme em seguida, eu não quero me decepcionar..e to achando que vai ser inevitável :/

    beijos
    Bia - www.livredujour.wordpress.com

    ResponderExcluir
  2. Não gostei muito de A Esperança =S Na realidade o único livro que me prendeu de THG foi Em Chamas, me sinto até um alienigina por não gostar muito kkk

    Beijos
    http://slothreaders.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir